ex-ministro do Turismo e músico da banda Brucelose, Gilson Machado Neto, está impedido de participar das festas juninas em que estava escalado como atração, entre elas o São João de Caruaru (PE) e o São Pedro de Palmeira dos Índios (AL). A ausência ocorre em decorrência de medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou, entre outras restrições, a proibição de se ausentar da comarca do Recife, onde reside.

Gilson Machado foi preso no último dia 13 de junho, por ordem do STF, sob suspeita de tentar viabilizar a emissão irregular de passaporte português para o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). Ele foi liberado ainda no mesmo dia, após prestar depoimento e negar participação nos fatos investigados, mas permanece sob liberdade provisória com restrições judiciais.

Entre as medidas determinadas pela Justiça estão:

Proibição de ausentar-se da comarca;

Entrega do passaporte;

Comparecimento periódico à Justiça;

Proibição de contato com outros investigados.

Por conta dessas determinações, Gilson está impossibilitado de se deslocar até Caruaru (PE), onde faria show no dia 24 de junho, no tradicional Alto do Moura. Da mesma forma, também foi cancelada sua apresentação prevista para o São Pedro de Palmeira dos Índios, onde a banda Brucelose estava confirmada como uma das atrações principais da festa.

A ausência do ex-ministro, que é sanfoneiro e fundador da banda, repercutiu entre os organizadores e o público da festa em Palmeira, cidade onde a Brucelose possui forte apelo popular. A banda segue com a agenda mantida, mas deverá se apresentar sem a presença de Gilson.

A situação reacende o debate sobre o impacto de investigações judiciais envolvendo aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, especialmente aqueles que transitam entre a política e o meio artístico.

Em Palmeira dos Índios, onde a prefeitura promove uma das mais tradicionais festas de São Pedro do estado, a substituição da atração deverá ser anunciada oficialmente nos próximos dias.